Fideal

Soneto



Sinto-me saturada da vida
Que me tira a capacidade de sonhar
Deambulo pelas ruas perdida
Sem saber o que pensar

Sinto um frio gélido na alma
Sem qualquer tipo de esperança
Nada do que existe me acalma
Só um tormento que me cansa

Deverias ser sonho, realidade
Mas és o frio, o gelo que me assola
Só agora vejo a verdade

Tanto por viver, sonhar, criar
Tudo em vão, apenas tristeza
Tristeza essa por ainda te amar...

Auto-Retrato



Tentei desvendar o que está para além do teu triste rosto mas encontro apenas um vazio que jamais alguém poderá culmatar. Adivinho o teu pensamento e deixo sair uma expressão melancólica que decerto não te fará sorrir! Não é um drama... é uma vida sem sentido que se arrasta dia após dia na tentativa de reencontrar aquele "tesouro" há muito perdido. Talvez tome consciência, um dia, da pessoa em que se tornou... timida, evasiva, fechada nos seus pensamentos, atormentada com ideias loucas que escondem, por detrás de uma fachada equilibrada, um turbilhão de pequenos desgostos que deixariam no seu olhar as lágrimas que vejo agora e a tristeza que o seu semblante transmite. Para ti, o mundo tornou-se na mais distante imagem do que um dia sonhaste...
Escrito por uma grande amiga, texto a meu respeito, em tempos idos... Muitas conversas, desabafos, vivências...

Death Faery



She is, perhaps, the most feared of all faeries. The Irish know her as the banshee, a faery woman who keens and wails in the night, fortelling death. In Scotland, she´s the Washer at the Ford, washing the grave clothes of those about to die. Her shadowy figure appears to each one of us at some point in our lives, bearing an irresistible summons from another world.
Sometimes we can refuse the call for a while, but eventually we must follow. She holds out a vision of our past. Does it shine with joy? Or is it clouded by too many things we neglected to do? It’s too late to make changes now. The Death Faery awaits, ready to lead us into a future of our own making. Now is the dreaded moment. We must take her hand. It’s time to go.


Brian Froud – Good Faeries/Bad Faeries

Escuridão interior



Estou cansada da futilidade da Vida, onde as pessoas são e gostam de ser indiferentes a tudo, inclusivé às próprias vidas. Não demonstram brio em nada, ficam como que adormecidas, sem qualquer ambição de construírem um futuro. São egoístas e só pensam em si mesmas, esquecem-se do mundo, de todas as pessoas que as rodeiam e que lhes querem bem, e nem exitam em transportá-las para o fundo com elas. Estou cansada de ver isso mesmo na minha vida pessoal e não conseguir fazer nada para alterá-la... Ver todo o futuro que sonhei para mim, todos os planos irem por água abaixo. É como gritar numa sala enorme repleta de personalidades, e não existir uma única que me consiga ouvir. É estar acompanhada e me sentir só, supostamente feliz no exterior e tremendamente infeliz por dentro. Mas não consigo mais, nem quero, chorar. Estou cansada de chorar. Estou cansada de me mergulhar em calmantes para conseguir alguma paz de espírito. Acima de tudo, estou cansada de me prejudicar por erros de terceiros que inevitavelmente me atingem de forma continuada. Estou cansada de promessas não cumpridas, de pessoas com pensamento "político" que muito dizem que fazem e que acabam por nada dizer ou fazer. Estou cansada de dar um passo em frente na minha vida, logo seguido de dois passos para trás. Não quero mais andar atormentada ou aterrorizada com um futuro que receio estar a chegar. Quero estar sossegada no meu canto, estar em paz no meu casulo, ter o controlo da minha vida como outrora tive. E não, isto não é um desabafo passado, não é um devaneio. É o presente, o real e a dúvida de um futuro incerto.

Desabafos Passados



Amo-te, hei-de dizer-te mil vezes que te amo, mesmo que os lábios me permaneçam cerrados. As horas que vivi contigo nunca mais as poderei apagar. Só por elas valeu a pena amar-te e, no entanto, ainda não sei quem és. Que vou eu fazer de mim, depois de tudo o que passámos, depois de tudo o que amámos e sofremos como se não houvesse mais nenhuma oportunidade para amar e sofrer (que, por ironia, me parecem duas palavras sinónimas e vazias) em que quisemos reter todos os minutos dentro de nós? Deixaste-me desamparada, vazia... não. Deixaste-me inquieta, insegura. É que, de súbito, o teu rosto desfigurou-se. Senti uma presença sufocante entre nós. De súbito, as tuas palavras ternas, mas já ausentes, acarinharam embaraçadamente o meu espírito, estavam a despedir-se de mim, e anciosas de que essa despedida se apressasse...
Não tenho nada a acusar-te. Mas eu sempre esperei mais, tu próprio esperaste mais. O quê, não saberei dizer. Talvez precise daquilo que não me podes dar.
Fideal, 1997

Vida de Pais



O prometido é devido e, com o devido consentimento, aqui está uma foto da pequena Beatriz com apenas alguns dias de vida. Chega assim, o final de uma gravidez e começa uma nova vida, a Vida de Pais. Desta forma, manterei o link do blog da mamã Sara uma vez que o mesmo contém bastante informação referente à gravidez que pode ser muito útil a futuras mamãs e acrescenta-se então um novo link, o Blog Vida de Pais. O registo de todas as preocupações e alegrias com esta pequenita que tem vindo a dar todo um novo sentido às vidas dos papás, Sara e Nelson. Uma vez mais, os meus parabéns por terem uma menina linda como a Beatriz e muita sorte para o começo de uma vida por vezes atribulada, mas que sem dúvida vale a pena.

Devaneios



Eu era a menina tímida e feia em que ninguém reparava, e agora sinto que já não é assim. Sou quase alguém. Os homens olham-me quando passo e atiram-me piropos ordinários mas não tem importância, importante é saberem que existo. Faz-me sentir mais forte, mas hoje deu-me para chorar. Chorei por aquilo que sou e não sou e gostaria de ser. Chorei pela minha preguiça, por aquilo que sonho e, sobretudo, pelo que não sou capaz de sonhar. Por tudo enfim. Chorei por esta minha triste casa onde nunca parece haver sol. E a chorar quase me sinto bem...

Fideal, 1997

Frase do dia

"Não existem mulheres frígidas. Existem sim, homens com o aquecedor avariado."
Ana Lamy

Jardim Dourado

Carta...

... Para mim.

"Não posso negar que vives comigo todos os dias. Que deambulas ao acaso no meu pensamento, aparecendo sem aviso.
Existe em mim em mim um lugar, este sítio especial onde costumo brincar e que se esconde entre o meu ser obscuro e o meu ser racional. Neste Jardim brinco contigo todo o dia e gosto de ver como a brisa dá ao teu corpo enudecido a forma da dança da Melodia que toca para lá da orla negra da consciência. Mais do que qualquer sonho, esse sítio que a ninguém permito a entrada, a tua presença é sempre tão surpreendente e desejada que até agora foste o único ser a vaguear pelo reino da minha solidão pessoal. Gosto de estar contigo ali. É tudo tão bom.
Apesar das palavras não poderem ser ditas (nos meus sonhos as palavras não saem da minha boca), escutamos dentro da nossa mente aquele sussurro que muitas vezes deseja sair de dentro do nosso peito. E entendes o que sinto e sinto aquilo que tu pensas.
Aqui não há necessidade de vergonha. É aqui que a nossa inocência brinca e, apesar dos dois Sois e da Lua Negra embalarem o nosso espírito através desta inexplicável paz, eu sei que a infância nada tem a ver com este Jardim. Sinto-me mesmo bem, porque é a tua companhia de dá vida ao negro que se espalha suavemente pela clareira, e toda a escuridão que ali habita ganha um sentido.
As árvores parecem não se importar com a nossa nudez, pois as suas folhas caem gentilmente sobre os nossos pés como se de um velho vestido se tratasse e preenchem o Jardim de dourado. A Melodia continua inalterável pelo decorrer dos séculos e o Outono que cai tão naturalmente pelo horizonte, a brisa que arrefece o nosso corpo, o tocar do Sino que nos invoca para penetrar pela Floresta, tudo acompanha o nosso desejo de aquecermo-nos na fogueira que brilha ali, no seio da Floresta. Pelo caminho que trilhamos, um odor a incenso intensifica a Melodia.
Ao aproximarmo-nos do círculo da fogueira, gostaria que te apercebesses que é meu desejo deitar-te sobre a terra e aquecer o teu corpo com o meu e com a luz do fogo que ilumina a tua face pela qual me apaixonei desde aquele momento em que entraste na minha mente.
Não faz sentido porém, que agora, mais do que nunca, pense com mais clareza e com uma certeza que nunca tive antes. É estranho que por vezes me contrarie, mas apercebi-me que há sempre duas maneiras de observar o mesmo dilema e que muitas vezes concordo com ambas as perspectivas. Torna-se confuso, mas tão simples se entender desde o princípio que não irei tomar nenhum partido em fazer escolhas, e sim, esperar pelo que há-de vir. Quanto a ti, apesar de não ver bem o caminho que devo trilhar para conquistar o teu coração, sei que seja ele qual for estarei a escolher aquele que achar mais seguro. O importante é que não nos interroguemos a meio do caminho e envenenar a nossa existência com perguntas que só levarão a dúvidas e nos afastarão do pensamento límpido e um outro do outro. Todos os dias ganho mais confiança em ti. Porque sei que sabes aquilo que fazes, da mesma forma que sei que aquilo que for, é aquilo que achas melhor para ti.
É tão simples apenas mergulhar na inconsciência e dar liberdade ao nosso lado espiritual, mas muitas vezes quando acordamos desse estado de perfeição e olhamos em redor e descobrimos que nada é assim tão perfeito como julgávamos ser, apetece-me deitar a cabeça sobre o teu colo, agarrar-me firmemente a ti e esquecer que existe um mundo lá fora.
Com Paixão e Dedicação
David"


"Persistência da Memória" de Salvador Dalí, 1931

Salvador Dalí - Um Surrealista por excelência (1904-1989)

Pintor espanhol nascido a 1904 na Catalunha, Espanha, estuda em Madrid, integrando-se no grupo de artistas e poetas da Geração de 27, estabelecendo, particularmente, laços de amizade com García Lorca e Luis Buñuel. No final dos anos 20 instala-se em Paris, onde se liga aos surrealistas. Entrega-se a um realismo minucioso, quase fotográfico, orientando a sua obra para uma permanente recordação de paisagens da sua infância, no sentido do gosto pelos ambientes sobre-humanos, onde o épico, o místico e o erótico se confundem. A sua obra, de um carácter estritamente pessoal, adapta-se às mais diversas mudanças de estilo, desde o renascentista ao impressionista. A sua temática é variada: onírica nos relógios moles de A Persistência da Memória; política em Alucinação Parcial. Seis Aparições de Lenine sobre Um Piano; religiosa no Cristo de São João da Cruz; pictórica em A Rendeira de Vermeer e em Reminiscência Arqueológica do «Angelus» de Millet... Entre as suas melhores obras deve também referir-se A Cesta de Pão, Mae West e A Madona de Port Lligat.
Um surrealista por excelência claro está, e o meu pintor favorito. As suas obras fazem-me sonhar, fazem-me sair deste mundo por vezes tão doloroso e cruel, levando-me para uma vida completamente diferente da minha, outras experiências, outros desejos ou amores... Enfim, faz-me renascer, sonhar, esquecer tudo o que possa estar a sufocar-me a alma...

Família? Apenas eu, assim, como sempre foi.

Família (In) completa

É bom quando verificamos que temos uma família unida, que nos ama e se preocupa com o nosso bem-estar. Mas, quando esse elo de confiança não existe ou se quebrou, o que fica? O que resta? Resta apenas, e principalmente em caso de jovens, uma revolta por vezes, mas na sua maioria, uma enorme tristeza e desamparo. É não sentir apoio, não sentir preocupação, motivação.É o que sinto relativamente à minha família. É desprendida, desatenta, negligente por vezes até... Mas não é nada novo para mim, não é de hoje nem de ontem que isto acontece. Sempre tive uma educação ausente por parte do meu pai e violenta por parte da sua mulher. Aprendi a sarar depressa as feridas desse crescimento para me tornar forte e enfrentar a minha vida de forma independente o mais cedo possível, e consegui. Aos 18 anos saí de casa dos meus pais, aos 20 anos comprei casa, brevemente estarei efectiva no trabalho. Felizmente tenho do meu lado alguém que me ama e que me dá todo o carinho e atenção que me falta por parte da minha família. Mas não chega… nunca chega… Por mais que se queira nunca ninguém consegue substituir o amor familiar.Até consigo abstrair-me destes factos, uma vez que raramente estou com os meus pais ou irmãos e até mesmo com a restante família. O pior é nas fatídicas reuniões de família, aniversários, Natal, Páscoa e afins… Sinto-me como que invisível naquela família, oiço-os a falar distantes como se eu nunca estivesse presente ou se alguma vez tivesse existido. Falam do futuro dos meus irmãos, mostram orgulho neles e nas vidas que levam e limito-me a escutar, a ficar feliz por tudo correr bem com eles, por serem felizes…Mas… e eu? Estou cansada de me sentir uma sombra, parece que faço parte de uma mobília antiga, à qual já não dão importância. Magoa-me o facto de ouvir por vezes que X ou Y da minha família é motivo de orgulho por isto e por aquilo e ao referirem-se a mim, chamarem-me de “essa aí”. Mas acho que nunca nada mudará… a mulher do meu pai é uma pessoa extremamente materialista, creio que só daria valor se eu estivesse com alguém de elevadas posses monetárias, ou alguém de bom nome familiar. Uma vez que nada disso se passa, ignora simplesmente que existo.Só me perguntam como corre o médico caso também estejam interessados em ter uma consulta idêntica e fora isso nem se lembram, ou fazem por esquecer. O que mais me magoou foi eu ter referenciado que no futuro terei problemas com a minha futura gravidez e a única resposta ter sido: “Problemas vais ter tu se engravidares agora porque não há dinheiro, não penses que te ajudo, tem juízo pah!” – E no momento seguinte estarem a perguntar ao meu irmão, quando é que têm o tão desejado neto que pacientemente esperam… Sinto-me de facto triste, magoada, sentida com esta diferenciação, não com os meus irmãos pois fico feliz por vê-los felizes e amados por todos e sim pelos meus pais acima de tudo, que mesmo dizendo que não, denoto uma diferença brutal entre nós…Sim estou magoada, sinto-me uma menina mal tratada que tudo o que mais deseja é ser amada, que tenham orgulho em mim, que me vejam como sou com defeitos e virtudes como qualquer outra pessoa. Mas nada acontece, nada muda, nada me faz pensar ou acreditar que estou errada. Talvez o tempo ajude a habituar-me ou talvez me afaste para não sentir essa dor…

O começo de uma nova vida

Um novo bebé no nosso mundo!

É como muita satisfação e felicidade estampadas na minha cara, que escrevo este post. Uma das minhas melhores amigas foi mãe no passado dia 12 deste mês, de uma menina de seu nome Beatriz que é uma beleza que só visto! Poderão ver esta menina que chega ao nosso mundo depois de teimar largas horas em não sair do quentinho da barriga da sua mãe em http://minhagravidez.blogspot.com.
Isto faz-me pensar, e muito, no meu relógio biológico que não pára com o seu "tic-tac" pedindo-me com insistência para eu ser mãe... Gostaria imenso, mas infelizmente neste momento é financeiramente impossível e como desejo tudo de bom para o futuro do rebento que irei ter, não posso atender de momento a este pedido... Mas será concerteza um menino lindo, moreno como a mãe e com uns olhos azuis maravilhosos que nem o pai. Aposto até que mesmo sendo mais novo, irá arrebatar o coração desta menina Beatriz que já nasceu! Ainda não vi a mamã e papá babados desta menina, simplesmente acho que a mamã necessita de descanso e muito carinho nesta altura e creio que visitas sem parar no hospital não ajudam a tal. Com o devido consentimento, posteriormente colocarei aqui uma foto da bela Beatriz que, quiçá, será um dia minha nora! LoL
Just kiddin'
Have fun.
Nota: Como não poderia deixar de ser, e devido tratar-se do nascimento de uma menina, acho compreensível o post ser desta cor.

Richard Kruspe-Bernstein, guitarrista de Rammstein

Concerto de Rammstein

Repertório:

1- Intro
2- «Reise, Reise»
3- «Links 2,3,4»
4– «Keine Lust»
5- «Feuer Frei!»
6- «Rein Raus»
7- «Morgenstern»
8- «Mein Teil»
9- «Stein Um Stein»
10- «Los»
11- «Moskau»
12- «Du Riechst So Gut»
13- «Du Hast»
14- «Sehnsucht»
15- «Amerika»

1º Encore:

1– «Rammstein»
2- «Sonne»
3- «Ich Will»


2º Encore:

1- «Ohne Dich»
2- «Stripped»


Till Lindemann num dos momentos mais "quentes" da noite.

Rammstein - A Comemoração dos 15 anos após a queda do Muro de Berlim

Os Rammstein voltam a visitar o nosso país para mais uma vez, conquistar o público num espactacular concerto, decorrido no Pavilhão Atlântico no passado dia 09.Nov.2004, dia em que fez 15 anos após a queda do Muro de Berlim. Creio que tenha sido bem explícito para quem foi ao Atlântico, devido à temática adoptada no palco.
A banda alemã, escolheu a banda Exilia de origem italiana para a primeira parte. Uma voz feminina poderosa que fez o público reagir de forma positiva à banda, para a maioria destes, desconhecida. Ainda no decorrer da exibição da banda, estava ainda o Atlântico pouco preenchido (que apenas foi utilizado pela metade, a restante estava tapada ao público com alguns camiões do stuff de Rammstein), muito público ouvir os Exilia ainda do lado de fora do Pavilhão, enquanto aguardava pacientemente para entrar.
Quanto ao espectáculo dos Rammstein, estes começaram com uma intro melódica pertencente aos Sigur-Rós, seguindo-se depois a primeira faixa do novo album “Reise Reise” com Lindemann a sair de uma porta automática no centro do palco e com os 2 guitarristas a descerem por dois elevadores respectivamente daquilo a que se pode chamar de um muro, ficando o baterista no topo no mesmo, ao centro.
A pirotécnia e efeitos de fogo não tardaram a aparecer como não podia deixar de ser uma vez que é uma característica bem conhecida nos espectáculos de Rammstein ao vivo, aparecendo então logo na segunda faixa tocada pelos mesmos, com “Links 2 3 4”. Um dos momentos mais altos deste concerto de excelência foi a aparência de Lindemann através da porta central do muro com um enorme caldeirão com o seu teclista no interior no decorrer de “Mein Teil”, o primeiro single do novo album lançado em Portugal, com um espectáculo de chamas fenomenal.
Não faltaram temas como “Du Hast” ao qual a banda levou o público ao delírio total tendo sido a primeira parte desta música cantada praticamente pelo mesmo e agradecido por Lindemann com um enorme beijo dirigido a todo o Pavilhão, como “Amerika” o segundo single lançado em Portugal do novo album onde Lindemann aparece com um chapéu bem alegórico com as cores da bandeira americana com um ar bem divertido na cara ou como “Du Riechst So Gut” a qual contou com chamas a saírem do braço direito dos dois guitarristas da banda.
Como não podia deixar de ser dos Senhores do Metal Industrial, todo o visual da banda era industrial à excepção do guitarrista Richard Kruspe-Bernstein, fazendo a sua aparência desde o início do concerto num estilo bem mais “Vampiresco” vestido de negro com um enorme sobretudo de forro vermelho.
A banda fez dois encores após o fecho da primeira parte do concerto com “Amerika”, abrindo o primeiro encore com “Rammstein” e encerrando o mesmo com “Ich Will” após o decorrer de “Sonne” com efeitos de pirotecnia e fogo de um efeito único.
O segundo encore começou com “Ohne Dich”, o terceiro single lançado de “Reise Reise” num dos momentos mais calmos e arrepiantes do espectáculo seguindo-se “Stripped”, versão pelo que vim a ter conhecimento, de uma faixa original dos Depeche Mode. Durante esta última música tocada pelos Rammstein nem faltou o tão famoso barco de borracha que apareceu no concerto dado em Berlim em 99, o qual existe também em DVD entitulado como “Live Aus Berlin”, mas desta vez não foi o teclista o tripulante do barco e sim o baixista da banda. Num país como o nosso onde a palavra de ordem é mosh e quase esmagar pessoas contras as grades junto ao palco, com muito espanto verifiquei que este passeio sobre o público decorreu sem qualquer tipo de incidente.
O final deste grande concerto, aconteceu com os elementos da banda agradecendo ao público e saíndo do palco à excepção do teclista que, sentado num dos elevadores, continuava a tocar melodicamente até ser elevado, levantando-se, agradecendo ao público e desaparecendo. Mas por pouco tempo uma vez que a banda reapareceu para cumprimentar todos os que estavam junto ao palco mostrando assim a gratidão e o que traz os Rammstein a Portugal.
Espero ver Rammstein cá de novo e brevemente para mais um concerto Infernal e Chamegante.