Fideal

Tormento



Porque continuas assim, a atormentar-me os pensamentos, a colocar-me aterrorizada de mim mesma... Porque nunca acreditas no que posso fazer, porque nunca acreditas na minha felicidade, em quem eu amo? Porque nunca ninguém é ideal para mim? É preciso ser endinheirado, ter boa família? Não basta ter um bom coração? Ser sincero, amar-me de verdade? Porque tenho de ser eu constantemente tratada por "essa aí", "és mesmo estúpida", "não tens capacidade de fazer nada"? Porque tens de considerar os meus irmãos melhores em tudo? Sou assim tão imprestável? Porque os respeitas e a mim não? Que faço eu de tão mau para que me continues a tratar assim, desde criança? Com constantes marcas no corpo, mas principalmente na alma? O porquê de tanto desprezo, tanta indiferença? Estou cansada de lutar, cansada de tentar provar quem sou e no fundo sei que não sou nada do que dizes ser que sou... Mas confesso que quase me iludes, quase me deixo levar pelas tuas palavras e pergunto o porquê de não ter conseguido finalizar o que tentei fazer há 10 anos atrás... E ainda te questionas pelo porquê de não te tratar por mãe? Não consigo... não transmites esse sentimento de amor de mãe por uma filha e sim uma indiferença fria e constante, mesmo após tantos anos passados. Quantas vezes te tentei agradar e no entanto, sempre me ignoraste, sempre me despresaste, sempre me ofendeste e acreditaste em pessoas que nem mesmo conheces. Nunca me deste um crédito, em nada! Na escola por melhores notas que tivesse, por haver alguém melhor que eu, eu era uma merda, uma parasita na tua casa. Em trabalho a mesma coisa, sempre me viste como impertinente, sempre incapaz de desempenhar qualquer função que fosse. Para ti serei sempre isso não é? Uma pedra no teu sapato. Mas não perguntes o porquê de me afastar. Apenas não quero mais sofrer, não quero mais sair da tua casa com as lágrimas a caírem-me pelo rosto. Não quero mais alimentar as minhas tormentas de infância, a constantemente ouvir a tua voz ríspida, crítica, fria, distante... Não quero mais lembrar-me de tudo o que me fizeste passar, não quero mais marcas além das que insistem em habitar a minha mente. Sei que mereço ser feliz e não suporto mais ouvir-te dizer que nem nisso serei bem sucedida...

Inocência (perdida?)



Face ao post que li no Blog "Vida de Pais" e posteriormente um outro post num outro blog, deixo aqui a referida questão, mais complicada do que possa parecer à primeira vista.
Como educar as nossas crianças, acerca do bem e do mal, quando as mesmas vivem no mundo inocente, em que tudo é bom, em que têm sempre os pais para as proteger? Como conseguir advertê-las de situações menos boas sem lhes destruir essa preciosa inocência? É certo que ainda não sou mãe, mas à parecença dos posts que li das mamãs galinhas, sinto atempadamente o mesmo que elas. São tão pequeninas as nossas crianças, tão inocentes... com que direito chegamos perto delas e dizemos: "Não podes abrir a porta a ninguém, lá fora está um homem muito mau!" ou "Nunca aceites nada de pessoas que não conheces, muita gente é má e faz coisas más a meninos pequenos" - É cruel, são apenas crianças residentes na sua eterna Terra do Nunca, onde tudo é bonito e apaixonante graças à imaginação fértil destes pequenotes... Quanto tempo podemos deixá-los viver nos seus mundos de fantasia, até chegarmos lá e destruirmos essa imagem de mundo perfeito e apresentá-los ao mundo real, demasiado cruel para as suas ainda curtas vidas? Aceito sugestões e/ou opiniões referentes à situação descrita.

Exit Music (For a Film) - Radiohead



Wake... from your sleep
The drying of your tears
Today.. we escape
We escape.

Pack and get dressed
Before your father hears us
Before.. all hell.. breaks loose.

Breathe... keep breathing
Don't lose.. your nerve.
Breathe... keep breathing
I can't do this.. alone.

Sing us a song
A song to keep us warm
There's such a chill
Such a CHILL.

You can laugh
A spineless laugh
We hope that your rules and wisdom choke you
Now we are one
In everlasting peace

We hope that you choke.. that you choke
We hope that you choke.. that you choke
We hope that you choke.. that you choke...

Quando se sente necessidade de chorar, para quê reter as lágrimas? Eis aqui uma música muito especial para mim de Radiohead, a própria letra diz o porquê.

Mushroom Dance



Dancing on the mushrooms
Jumping on their hats
We are the faeries of the night
You can't see us if there's light

Can you see us as you're passing by?
We like to see our shadows when we dance
But only by candlelight!
We are the faeries of the night

And before daylight comes ....we're gone!
And though you'll never in this lifetime see us twice
You'll always remember us with an enchanted sigh
Dancing on the mushrooms at nightBy candlelight!

Gravidez na Adolescência

Face a uma conversa que tive, ainda hoje, com o Lord_Nelson, deixo aqui uma questão:




Face ao número cada vez mais elevado de mães adolescentes, o que pode provocar este factor? Falta de informação? Falha de educação? Deveria existir uma lei que permitisse o aborto a estas jovens mães? Deixem a vossa opinião. Obrigada.

Recado

Para todos aqueles que julgam conhecer-me e que dizem que o que escrevo é "exagero", "abuso" ou "estupidez", aqui passo a mensagem: QUERO BEM É QUE VOCÊS SE FODAM. Nada sabem da minha vida e agora, muito menos irão saber.

Foi este o conselho que me deste Dementia. Estou a pô-lo em prática.


This is pain...



Por vezes, e por mais díficeis que possam ser, temos de tomar decisões nas nossas vidas. Uma das mais cruéis é, e sempre será, a de coração versus razão. O que fazer quando a mente nos diz algo que é o oposto do que se sente? Num dos meus diários registados na infância, escrevi um dia, que o coração vai sempre à frente da razão, e que perdura este sentimento. Sempre fui uma sentimentalista incontornável, deixando-me ser "ferida" por quem sempre quis bem, apenas para a felicidade alheia, para uma hipocrisia da minha parte em fingir-me ser feliz também apesar da razão estar ali, a dizer-me o oposto. Neste momento, deixo mais o sentimentalismo de parte, até porque já dei ouvidos ao meu coração demasiadas vezes, sempre verificando que a minha vida vai cada vez mais ao fundo... Ao fundo de um lago de águas paradas e já fétidas. E para que não fique encalhada em lodo lá no fundo, após muitas e muitas possibilidades dadas ao coração de me fazer mostrar que estava a fazer bem em ouvi-lo, e todas elas terem acabado no oposto, dou por fim ouvidos à razão. À pequena voz que sempre aqui esteve, dentro de mim, dizendo-me o que já deveria ter feito há muito. Não é porém uma decisão fácil e tomada de ânimo leve. É complicada, é dolorosa, é uma dor no coração por já não ser ouvido ameaçando parar de bater... Mas se continuar a ouvi-lo, eu acabarei por parar de respirar, acabarei com a minha vida, que é única e só passa uma vez. E apesar de todas as agruras que a vida me trouxe, continuo confiante que um dia de sol ainda virá para me aquecer a alma gelada. This is pain, but it's a choice I have to make...

On Faeries and Freedom



Glittering, shimmering in the air,
Sunlight dancing on her hair
Two fragile wings reflecting light
Compose a strange, unearthly sight.

Freeflowing gossamer, soft and warm
Clothes her lithe and slender form
While movement of uncommon grace
Compliments her lovely face.

She dances round the woodland trees
Hitching rides - on honeybees
And Nature smiles with untold pleasure
On this her tiny priceless treasure.

If only Mankind would commune
And with the Earth could stay in tune,
Perhaps we all might be as free
As the maiden fae and honeybee.

Destroços



Hoje senti necessidade em sair de casa. Acordei tarde, para não variar e sem qualquer tipo de vontade para fazer fosse o que fosse. O Ricardo diz que passei a noite inquieta, mas nem era necessário ele me dizer, eu sei que assim foi... Mas disse-me algo que não recordo: "A meio da noite fartaste-te de dar gargalhadas." - não me recordo de nada no que sonhei que me possa ter feito sorrir, ou rir mesmo. Talvez no meu sonho tenha ido para o meu Mundo, onde nada nem ninguém me consegue magoar, onde me sinto feliz... Acordei com lágrimas nos olhos, desejando apenas deixar de existir neste mundo, abandonar a minha vida que nunca passa do mesmo... Recomeçar - Lutar - Ultrapassar - Persistir - Recomeçar de novo... De que me servem pequenas vitórias se as grandes, as necessárias de modo a manter as pequenas, caem no esquecimento alheio e me deixam assim, perdida em mim mesma, sem qualquer vontade de seguir em frente? Apenas sinto necessidade de escrever e uma vez que em casa não consigo obter o silêncio que tanto preciso para o fazer, deixei-me arrastar para o jardim. E aqui estou, sentada neste velho banco com falhas de tinta, com a Sasha no meu colo, sentindo cheiros de drogas de uns, gritos e palavras sem sentido de outros... e lá vou continuando a escrever, sem parar.Já sentia falta de andar sózinha, sem ninguém por perto, onde escrevi parte dos meus diários de infância, em jardins. Ouvindo o trânsito longe, palavras distantes, sentido paz por poucos instantes. É bom poder sair da gaiola e esticar as asas, é bom poder sentir esta liberdade de voar para longe e retornar a casa. Se ao menos compreendessem o que sinto...Mas ninguém entende, nem eu consigo ou quero explicar. Talvez não devêsse existir, se calhar nem devia ter nascido. Mas todos esses "sse's" e "tavez's" nada importam. Nasci, existo e nada poderá alterar isso além da minha morte.Como referiu a Dementia ao me descrever, sou demasiado lúcida, mas incrivelmente sonhadora e sei que vou continuar a sonhar, a tentar fazer da minha vida, algo pela qual valha a pena viver. Não sou cobarde para terminar com a minha vida. Apenas quando me sinto assim, estagnada que nem as águas de um lago, necessito destes meus momentos a sós, para desabafar palavras confusas, pensamentos difusos que, ao passar para o papel, nada são que não uma nuvem cinzenta na minha existência, nos destroços da minha alma.

The Faery of Transformation



The touch of this faery’s wand brings clarity and certain transparency. Like this faery, we become transparent to ourselves, able to see that every inner space and corner is clear, bright, free from hidden agendas or distorted motivations. Above the temple of the Delphic Oracle and on the portal to Faeryland are carved two of magic and power: “Know thyself”.

Solidão



Por vezes sinto falta da minha solidão
Andar por aí sem mais ninguém por perto
De colocar os fones nos ouvidos e passear numa praia
Num qualquer jardim esquecido

Tenho falta de dizer "Sinto-me só"
Em ter alguns momentos só para mim

Queria deambular por aí
Sem ouvir qualquer voz conhecida por perto

Lembro-me de caminhar na rua
De sentir a chuva molhar-me a cara
Do frio passar-me pela roupa e provocar-me arrepios
Sinto falta desses momentos só meus

Sinto falta de estar comigo mesma
A escrever, a dormir, a sair
Sinto falta de ter ânsia em ver alguém
Para poder dizer-lhe "Senti a tua falta"