Medicina - ajuda ou prejudica?

Estou inscrita num Grupo de Discussão, com o tema principal acerca de maternidade e gravidez. Com isto, por vezes são facultadas opiniões diversas acerca de procedimentos médicos, necessários ou não, que poderiam ser ou não evitados. No entanto, fiquei estupefacta ao ler comentários indicando que os médicos apenas nos querem fazer sofrer com "picadelas desnecessárias". Que não se interessam pela opinião dos utentes, que querem saber apenas de "vender exames desumanos para ganharem uns trocos a mais". Críticas que chegam ao ponto de dizer não devíamos vacinar as crianças devido aos malefícios das mesmas, que X percentagem dos internamentos, são devido a erros médicos ou de exames efectuados desnecessariamente.

Mas... e que percentagem existe acerca das pessoas que são salvas todos os anos devido à medicina? E todas aquelas pessoas que foram "terrívelmente torturadas" por picadelas de anestesia e cortes de cirurgia, de modo a receber um transplante e continuar a viver? Será que os médicos são uma espécie de bicho papão? Não me parece que os mesmos se formem apenas para ganhar dinheiro. Estes senhores de bata branca salvam vidas! Graças à investigação médica e científica, melhorámos a nossa vida. Tudo bem que possam existir malefícios, por exemplo, nas vacinas. No entanto, não vou deixar de as dar ao meu filho por "ele berrar que se fartar, coitadinho" como alguém escreveu nesse grupo de discussão. Vou vaciná-lo, de modo preventivo. E nem tão pouco condeno quem deixa de vacinar os seus filhos por esses motivos. Cada um sabe de si. Apenas espero que alguma dessas pessoas não se arrependa por o seu filho apanhar alguma doença por falta de vacinação, tal como espero não me arrepender por as dar e o meu filho apanhar alguma complicação de saúde por eu as ter dado. Existem erros em qualquer profissão, os médicos não são excepção. Mas será necessário acusá-los e condená-los? Estes "maus da fita" salvaram-me a vida, será que estavam apenas a tentar vender-me exames para ganharem uns trocos?

Enfim, assim é o mundo...