Sonho ou realidade?
Numa noite de chuva e vento, encontro-me deitada na minha cama, adormecida num sono pouco profundo. A chuva bate na janela e o vento canta alto. Acordo. Vejo mais uma vez que me encontro só… olho pela janela e vejo um vulto, uma alma perdida. Tento entender o que se trata, estarei a sonhar? Abro a janela, a chuva entra por ela, o vento uiva como louco mas nada disso me preocupa. Só te vejo a ti, lá em baixo, perdido e encharcado. Reparo num gato vadio que corre para se abrigar e denoto que não te receia, olha-te directamente e caminha em direcção a ti. Fico surpresa ao vê-lo deitar-se no teu colo e ali ficar reconfortado. Vejo-te afagar-lhe o pêlo molhado e olhas para cima, olhas para mim… Por instantes ficamos assim, a olhar um nos olhos do outro, talvez tentando decifrar algo, o porquê de estares aí… o porquê de eu te observar…
Dá-me vontade de ir ter contigo e nem êxito. Visto o roube que tenho aos pés da cama, calço uns chinelos e desço as escadas a correr ao teu encontro. Bem sei que és um estranho, mas não te receio, o teu olhar é-me familiar, é o mesmo olhar furtivo, reconheço-me em ti… Chego perto de ti, molhada e arrepiada, os meus lábios tremem pelo frio que está na rua. Tu apenas me olhas e sorris, parecendo adivinhar que saberias que eu fosse descer. Sabias sim… tal como eu soube assim que te vi, que teria de descer para te ver mais perto a mim. Mas não consigo sorrir, apenas te olho, ouvindo a chuva a cair e o vento a soprar. Levantas-te com cuidado e o teu companheiro mia olhando para mim. Estendes a mão, afastas-me o cabelo molhado da face, voltas a sorrir e tocas-me nos lábios trémulos. Sussurras algo ao bichano e ele salta do teu colo, roça-se na minha perna e parte a correr para longe. Estamos sós, a chuva começa a cessar e o vento canta agora docemente. Abraças-me e apesar de estares encharcado como eu, sinto um calor reconfortante e fecho os olhos… Dás-me um beijo terno… eterno… De repente oiço o telefone tocar, abro os olhos e vejo o meu quarto, uma vez mais me encontro só… Foi um sonho? Corro para o telefone e atendo, és tu no outro lado, não foi um sonho, és real.
Dá-me vontade de ir ter contigo e nem êxito. Visto o roube que tenho aos pés da cama, calço uns chinelos e desço as escadas a correr ao teu encontro. Bem sei que és um estranho, mas não te receio, o teu olhar é-me familiar, é o mesmo olhar furtivo, reconheço-me em ti… Chego perto de ti, molhada e arrepiada, os meus lábios tremem pelo frio que está na rua. Tu apenas me olhas e sorris, parecendo adivinhar que saberias que eu fosse descer. Sabias sim… tal como eu soube assim que te vi, que teria de descer para te ver mais perto a mim. Mas não consigo sorrir, apenas te olho, ouvindo a chuva a cair e o vento a soprar. Levantas-te com cuidado e o teu companheiro mia olhando para mim. Estendes a mão, afastas-me o cabelo molhado da face, voltas a sorrir e tocas-me nos lábios trémulos. Sussurras algo ao bichano e ele salta do teu colo, roça-se na minha perna e parte a correr para longe. Estamos sós, a chuva começa a cessar e o vento canta agora docemente. Abraças-me e apesar de estares encharcado como eu, sinto um calor reconfortante e fecho os olhos… Dás-me um beijo terno… eterno… De repente oiço o telefone tocar, abro os olhos e vejo o meu quarto, uma vez mais me encontro só… Foi um sonho? Corro para o telefone e atendo, és tu no outro lado, não foi um sonho, és real.
1 Comments:
POis... era eu kem tava a tentar bater na tua janela... mas como moras num piso alto.. adivinha o k me aconteceu? Bem k tentei segurar-me ao parapeito... caí. Nem seker deste pela sirene dos bombeiros, não é? Lá a porra do vento ouviste tu!
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